21 outubro 2013

Desde há muito tempo que trago isto na cabeça. Escute então: porque não somos todos uns para os outros como irmãos e irmãs? Por que razão mesmo o melhor dos homens tem sempre qualquer coisa a esconder a outro e se cala diante dele? Porque não dizer francamente, à vontade, o que está no coração, quando se sabe que não se falará em pura perda? Pelo contrário, todos se dão ares de serem mais ferozes do que o são na realidade, como se temessem desvirtuar os seus sentimentos ao exprimirem-nos demasiado depressa.

Noites Brancas
Fiódor Dostoiévski

É, volta e meia lembro-me deste livro. desta passagem, em particular.

14 outubro 2013

zé dos cornos

numa das tascas mais emblemáticas de Lisboa, escondida num beco prós lados do Martim Moniz, eu estou lá, enquadrada  na parede. numa rodada contra a crise. eu guósto. lembra-me as duas estarolas. maria e regina, um sabor que ninguém imagina.

home is where the heart is #3


madame, ao confessionário #1

sentir ciúmes entre amigos não é coisa só minha. check. hoje aconteceu-me essa coisa parva. mas depressa passou. não fazer aos outros aquilo que não queremos que nos façam a nós, é um pensamento bom. positivo. (conseguem ouvir os violinos?).

além disso, ó nível de gerir emoções, cresço muito com ela.

e é isto. ou isso.

larach.ass

'ah, o endereço tem um ésse a mais. ass de cú, em inglês.'

13 outubro 2013

categoria: querido diário, hoje fui muito bonita para a escola.

há dias em que me apetece auto-retratos. hoje, por exemplo, o modelito era jeitoso. mas quando a preguiça leave me alone, já eu estava de meias e de pantufas. as brancas.

fim.

12 outubro 2013

home is where the heart is #2


fuck the pain away


the power

esta música, aos berros, depois de cenas e afins, é amor.


e as putas das gaivotas que não se calam.

e ela diz: não tem galinha mágica. não tem flores que caminham. nem porcos de smoking. nem pilotos com asas. vivemos num mundo sério. aos cowboys.

10 outubro 2013

lamosa

estávamos as três no terraço da casa da avó Deolinda. um copo de vinho numa mão. um cigarro na outra. e o bmw do primo Joaquim estacionado à frente da casa de pedra. o bailarico de um querido mês de Agosto, ainda estava a meio, quando o primo Joaquim se aproxima com uma moça que soltava risinhos. foi fácil escondermos-nos nos pequenos arbustos do terraço. mas foi difícil - muito difícil - contermos o riso.

- queres vir comigo?
- ihihihihih
- queres? (e dispara o comando das chave do carro)
- ihihihih tendes um b-éme?!? ai. eu guósto.

desaparecem. rumo ao faroeste.

fim.

vontices

- é verão. agarra-me aqui com a mão.
- outono, tonta. e se não rima vai ralhar com a tua prima.

e é assim que se dão estas duas alminhas.

07 outubro 2013

t.

é agarrar o touro pelos cirnos.
tufo, tudingo.
caralo!

erros de riqueza.

baladonas, por um desenho.

'aquelas cantigas pra ficar no fundo da discoteca, encostada ao balcão do bar, de copo na mão, o gelo a derreter, o coração aos pulos, a ver o rapaz dançar. de blue jeans, blusão lilás. topas?'

topo.


Paul Young - everytime you go away
Wham - careless whisper
Patrick Swaze - she's like the wind
Berlin - take my breath away
Time Bandits - endless road
Limahl - the neverending story
Europe - the final countdown
Laura Branigan - gloria
Vitor Espadinha - recordar é viver
Armando Gama - esta balada que te dou
José Cid - a cabana
Roupa Nova - linda demais
Whitesnake - is this love
Roxette - listen to your heart
John Waite - missin you

as primeiras quinze.
e o prometido é devido.

06 outubro 2013

loud. fast & out off control

tenho saudades da T, miss red lips. 

tenho muito p'ra escrever
p'ra dizer
e uma inspiração cega
uma expressão surda
e muda
o assunto.

Alfarim

era para lá que eu ía, agora. sozinha. variados dias.
os cavalos podiam ficar.
e a garrafa de whiskey.


05 outubro 2013

sms

as-pantufas cor-de-rosa. do lado esquerdo, ao fundo da cama. quando virávamos as costas um ao outro, ele tinha sempre as pantufas a sorrirem para ele, dizia. e um dia, em lisboa, recebo quatro fotografias:

as pantufas no parapeito da janela
as pantufas dentro do frigorifico
as pantufas na banheira
as pantufas nas orelhas

morreram, entretanto. por causa dos buracos.
agora tenho umas brancas.
mas essas não interessam mesmo nada. aquecem os pés.
Não fui a Guimarães.
Nasceu-me uma borbulha.


she sings alone

Plínia Valquiria - ela gosta do nome que tem, mas eu chamo-a de Palmira. fica irritada, e eu gosto. conhecia através da Maria, que era uma amiga da Palmira na altura. a Maria desiludiu-me, e a Palmira surpreendeu-me. e assim foi para sempre. gosto - bastante - dos silêncios confortáveis, às vezes bastante longos. de sabermos, pelo olhar, o que é preciso fazer. ela quando ri, ronca. diz-me tudo o que tem para dizer. e às vezes é bruta. só se deixa fotograr por mim, a beselga. gostamos muito de café e cigarros. e de conversar na varanda. Preciosa. Afinal chama-se Preciosa.
depois de uma noite de copos de cenas variadas do Douro, em casa da S, e de um set de músicas dos (meus queridos) anos oitenta. depois de ter esgotado a voz com a everytime you go away, do Paul Young. com a endless road, dos Time Bandits. com a missing you, do John Waite. passando por Whitesnake. Elis Regina & Adoniran Barbosa.
e em Chico Buarque, perguntam-me se eu sou feliz.


'amanhã há-de ser outro dia'


04 outubro 2013

caralo!

isto. agora. bateu.


era uma vez uma cebola tola, que foi à rua toda nua. conheceu um repolho que só tinha um olho. abriram o queijo, e deram um beijo.

foi uma maneira de lhe dizer que estava com saudades dela, naquele momento. amigos amigos, problemas de expressão à parte.


géme géme, Dávi.

03 outubro 2013

olá. deu-me a vontade outra vez. até quando? eu sei lá!!